quinta-feira, 30 de setembro de 2010

cartas de Amor...

Rodopio numa espiral ascendente... num caminho sem geometrias... sem xadrez... simples sintonia sincopada no bater do coração... apago o tempo da memória, sempre que te guardo no segredo desse "não entendimento" ... sei da água encrespada que procuras... no planalto do Sul move-se o próximo círculo aberto... subtil espiral onde o relógio da eternidade sorri a esse quase chegar "a entender"...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

lentamente...

Lentamente, o alinhamento planetário aproxima-se... lentamente, resguardo a sombra na transparência da vida... lentamente, reencontro uma nova paz que me toma... lentamente... espero por ti...

domingo, 26 de setembro de 2010

sede da foz...

Repouso as palavras na sombra que delimita o infinito até ti... dissolvo antigos fantasmas nos recantos efémeros da memória... acordo o brilho anil esquecido no suor ardente das estrelas... e, selo na liberdade um novo cântico na tua voz... areal submerso na sede na mesma foz...

 

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

num outro Outono...

... porque esta música marcou um início de Outono vestido de felicidades na cadência certa do despir de cada árvore... hoje, já não evoco temporais, nem danço descalça só para ti... o sal cristalizou e fizeste de mim a tua eterna esfinge... as tuas pedras não a quebraram, revigoraram-na... hoje, reencontrei o que nesse tempo pensava ser o Amor... serenamente...

sei...

Sei da sombra fluente no pó cheio do deserto... sei da queda das estrelas no vácuo do tempo... sei da respiração suspensa na hesitação do sonho... sei do olhar embutido no rubro abismo ascendente... sei de ti... sei...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

blues...

A linha melódica do silêncio, da pausa... a pintura do som na falésia visionária... e saber da estrada colada ao blues...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Conta-me Histórias

Naquele tempo a vida era imensa... os sonhos irradiavam-nos a possibilidade do sorriso perdido... no encontro duma vila junto ao mar... os pescadores partiam, na esperança daquele mar que nos circundava... um dia parti... a loucura ébria que te cercava era dilacerante... fugi, e voltei décadas depois... enganei-me... hoje, não procuro mais o "segredo do teu cheiro" ... encontrei, um Amor sereno... também, em Abril...


 

 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

entre a Terra e o Mar...

... e no mar encontro o sentido da vertigem certa... desse segredo ancorado na liberdade do Sul... e resvalo no deserto de areia dourada dum extenso litoral... intenso que define o espaço entre a Terra e o Mar...

 

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

águas de luz...

E num canto encantado a luz abriga-se do sonho... atrasas o desafio no desfiladeiro do Sul... planícies sem fim desfiam as águas bebidas de sede... e a Lua sorri aos enganos imaturos dum Norte verde... filamentos lunares dançam nas águas imemoriais das memórias desse Sul que desejas... e perdura nesse voo a fuga ao Azul de outras águas... as únicas que reconhecem o ponto da transcendência...