sábado, 28 de agosto de 2010

branco sono das águas...

Quedas-te nesse sopro lunar a cada curvatura oceânica... quando o céu afogado inunda a abstracção do sonho... ao acordar, reconheço no teu sussurro odorado a trajectória que ilumina o branco sono das águas... a pesada luz que te prende à terra atenua-se... e, lentamente define-se nessa mesma curva ascendente a infinitude do sonho...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Fogo Crescente

Uma versão duma das músicas da minha vida - Light My Fire, dos Doors. Mesmo junto ao mar, consegues acender o meu fogo... depois da sesta, todos os odores que rasgam o silêncio, nascem em ti... neste fogo crescente... como a Lua... que em breve regressará...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

planar neste tempo...

‎... esta foi a terra dos exilios felizes que a memória guarda num recanto compensador... quatro décadas duma vida que nunca planeei... planei sim, no mar das minhas revoltas (hoje, apaziguadas)... o mesmo onde continuam a florir os meus sonhos... e sorrio serenamente por te ter reencontrado (não há breves meses), mas nessa imensa eternidade sem tempo... e no embalo de cada onda encontro o dócil calor do teu corpo... e o teu cheiro que me embriaga o pensamento... e do outro lado do verde onde guardas o olhar... encontro o meu mar, que és tu...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

nosso eterno Momento Certo...

...porque o vento Mistral lapida a tua respiração... e assim, entendo o que as palavras guardam à tua espera... depois desse des-norte... a VIDA espera por nós... sabes, mesmo quando não te entendes nesse luar que as linhas do céu trocam... no nosso eterno Momento Certo...

domingo, 8 de agosto de 2010

sopro do Mistral...

... porque me apeteces em cada sopro do olhar profundo de água esmeralda, fundido no oceano gélido e ondulante das noites crepitantes... cristais de safira saboreio lentamente nos teus lábios robustos... perscruto o desejo no caudal da tua breve ausência... e sem aviso, pressinto o teu regresso nesse tímido dedilhar das cordas do vento Mistral... e deixo que a memória me prove o sabor dos desertos que no meu mar ocultei... por este Amor que reencontrei...

domingo, 1 de agosto de 2010

não te demores no pensamento...

Demoro o pensamento em ti... esqueço-me de respirar (como se a vida fosse um processo automático), quando sugas a verdade para o outro lado da consciência... esvazias o oceano para sentires a terra... esqueces o pensamento de não pensar... e o Amor intemporal sorri às tuas imaturidades lunares... e toco o céu quando me tocas... demoro o pensamento em ti... porque sim...