Em cada eco circulante... decifro o sentido do olhar viajante... e, parto nessa viagem ávida de saber e sabor... rota duma paz desafiante... deste novo amor...
... entre sons desafiantes de luz... corre um rio ao suster a respiração... voz da alma segredada ao coração... sintonia ao acreditar... em cada sussurro do verbo amar...
... em cada sopro do teu respirar, encontro o amor na madrugada reinventada... entre sinais decifrados na sombra da memória... desenhada num espelho sem margens duma nova trajectória...
Acordo no regaço do teu abraço... no lastro de luz intuída em cada poro do teu olhar... revelas-me o sonho semeado entre flancos de cristais... e, na madrugada crescem folhas cadentes... entre murmúrios de luares dormentes...
No luar saturnino corre uma brisa fresca como o verde do teu olhar... ponto certo na transmutação da trilogia das águas, onde habita o infinito crepuscular da memória... e perco-me no teu odor embriagante de Paris... sempre que para mim sorris...
Deslizo
como escarpa na insularidade do teu olhar… enternecida nesse pacto
abrilino tão nosso… laços estrelares crescem ao sol poente… entre
ternuras reconhecidas do meu mar e da tua terra… e a lua abeira-se da
mítica janela… onde me tomas como estrela primeira… e hoje, cresce uma
luz enlaçada… nas esferas abertas duma alma timoneira…
No canto velejado do murmurar das águas… escorrem gotas de floresta densa que transportas no olhar… e em nós alongam-se céus dum infinito que ainda desconhecemos… nesse lastro onde a terra se funde no mar… (entre marés lunarizadas…)
Entre leitos de rios doces, desvendo caminhos salgados... silenciados no entrelaçar magnâmino das tuas mãos… salpicadas na mesma escala divina... onde crescem ternas madrugadas... (entre marés lunarizadas...)
Os teus olhos são lagoas que se estendem por tempos primordiais… águas calmas murmurantes em suaves areais… e as tuas mãos aves enlaçadas de asas enlevadas… luas gravadas como pérolas raras desejadas… em mim...
és o meu Momento certo… aquele que me sorri de olhar aberto… o céu incerto recortado nos verdes mágicos do teu olhar… e só em ti, sei aquietar a minha estranha forma de aMar…
Encontro no teu sorriso o encanto desencantado dum cântico ancorado nos sulcos duma montanha celestial… enquanto o silêncio flutua na margem poderosa do mar ao incendiar o areal…
Entre luares suspensos, reencontro perfumes reconhecidos na margem ondulante do Mar… canto encantado no acordar do teu chegar… imprevisto o toque na luz pronunciada… em mil verdes dum olhar crescente… lastro ilimitado na madrugada…
Quebro todos os espelhos... e nos seus estilhaços, redimensiono todos os meus espaços... onde passo a passo cresce o odor decifrado... nas dobras do mar salgado...